sábado, 10 de novembro de 2007





CRISE DE PÂNICO






" Tenho tanto medo.


Toda vez que me preparo para sair,


tenho aquela onda de medo, sem nenhum motivo.


Meu coração disparou, tive dor no peito e dificuldade para respirar.


Pensei que fosse morrer. "






Quais os sintomas físicos de uma crise de pânico?


Como se descreve acima, os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem nenhuma causa aparente (apesar de existir, mas fica difícil de se perceber). Os sintomas são como uma preparação do corpo para alguma "coisa terrível". A reação natural é acionar os mecanismos de fuga. Diante do perigo, o organismo trata de aumentar a irrigação de sangue no cérebro e nos membros usados para fugir - em detrimento de outras partes do corpo, incluindo os orgãos sexuais. Eles podem incluir :
Contração / tensão muscular, rijeza
Palpitações (o coração dispara)
Tontura, atordoamento, náusea
Dificuldade de respirar (boca seca)
Calafrios ou ondas de calor, sudorese
Sensação de "estar sonhando" ou distorções de percepção da realidade
Terror - sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes aacontecer e de que se está impotente para evitar tal acontecimento
Confusão, pensamento rápido
Medo de perder o controle, fazer algo embaraçoso
Medo de morrer
Vertigens ou sensação de debilidade Uma crise de pânico dura caracteristicamente vários minutos e é uma das situações mais angustiantes que podem ocorrer a alguém. A maioria das pessoas que tem uma crise terá outras (se não tratar). Quando alguém tem crises repetidas ou sente muito ansioso, com medo de ter outra crise, diz-se que tem transtorno do pânico
O que é o transtorno do pânico? Transtorno do pânico é um problema sério de saúde. Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico - por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada ou dentro de um elevador - a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las. Gradativamente o nível de ansiedade e o medo de uma nova crise podem atingir proporções tais, que a pessoa com o transtorno do pânico pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo pôr o pé fora de casa. Neste estágio, diz-se que a pessoa tem transtorno do pânico com agorafobia. Desta forma, o distúrbio do pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana de uma pessoa como outras doenças mais graves - a menos que ela receba tratamento eficaz e seja compreendida














Várias páginas sobre o assunto, é só clicar abaixo:










Jorge Wilson Magalhães de Souza Síndrome do Pânico Psychiatry On line Brazil -


Cintia DiasSíndrome do Pânico -




Eliane Amice da Costa Moraes






Dr. Cyro MasciTranstornos de ansiedade e somatoformes - Dr. Gustavo Caetano




Por:Rosane Silveira

Um comentário:

Unknown disse...

O medo, quando sentido diante de uma ameaça real e presente, é natural e necessário. Faz parte do nosso instinto de sobrevivência e, nesses casos, deveria chamar-se prudência.

Quando, porém, essa emoção é provocada pelos nossos pensamentos e é sentido a respeito de perigos imaginários, futuros ou difusos, estamos diante de um desequilíbrio psicológico e que nos causa profundo mal-estar. A maioria de nossos medos é dessa natureza, aparecendo nas mais diversas formas: insegurança, ciúmes, ansiedade, sensibilidade excessiva, preocupações, etc.

O que se esconde atrás do medo? Qual a sua origem? Por que algumas pessoas têm mais medo do que outras? Normalmente, as raízes desse distúrbio estão nas vivências infantis de medo. Daí a importância de não educarmos nossos filhos através do temor. Castigos que amedrontam as crianças, como por exemplo deixá-las sozinhas no escuro ou trancadas são terrivelmente prejudiciais ao bom desenvolvimento psicológico.

Quando o medo é excessivo, toma formas mais graves, infelizmente é cada vez mais comum na nossa sociedade, como a síndrome do pânico e o transtorno obsessivo compulsivo, sendo a base de nossos problemas emocionais, muitas vezes, problemas psicossomáticos.

Todos nós já tivemos experiências de grande mal-estar físico diante de situações ou pessoas que tememos enfrentar. Além de rememorarmos os medos de nossa infância, a fim de compreendermos nossos temores atuais, nossas indecisões na vida, nosso acuamento diante dos problemas, é importante também percebemos de que maneira os alimentamos.

Pensamentos catastróficos, pensar no futuro sempre de maneira negativa, assistir em excesso filmes de suspense e de terror, apegar-se a notícias de crimes e outras violências, são formas usuais e desapercebidas de mantermos em sobressalto nossos corações e mentes.

Uma vez adultos, é nossa obrigação superar nossos bloqueios emocionais. Não podemos nos acomodar no medo, declará-los passivamente e cruzar os braços diante deles, como se fossem inevitáveis e imutáveis para sempre.

O medo tem dois grandes inconvenientes na nossa vida. O primeiro deles é a distorção da realidade por ele provocada. Quando tomados pelo medo, vemos o mundo exageradamente perigoso. Uma pequena doença é vista como perigo de morte. Uma viagem de um filho já é prenúncio de assalto, de desastre. Um atraso do companheiro e já se pensa em traição, abandono. Por esse motivo, às vezes, sentimo-nos tão sensíveis diante da crítica de pessoas de quem gostamos... Através do medo, a crítica é vivenciada como perigo de separação e de desprezo.

O segundo inconveniente, talvez o mais grave, é a paralisação da vida. A existência, por sua própria natureza, é ação, é caminho, é desafio, é risco. Viver é assumir integralmente a possibilidade de cair, de errar, de perder, inerente às oportunidades também de ganhar, acertar, de ter sucesso. O maior de todos os riscos nós já corremos: foi termos nascido.

A vida exige de nós, com ou sem medo, uma disponibilidade para enfrentarmos os obstáculos naturais da vida humana.

Usamos de nossos medos para não agirmos. É como se o medo justificasse nossa acomodação. Uma estratégia para lidarmos com nossos medos é exatamente o contrário disso. Ao invés de querermos acabar com o medo para depois entramos em ação, devemos colocar nosso medo debaixo do braço e irmos a luta. Ao agirmos, mesmo com medo, ele vai-se dissipando pouco a pouco.

Pessoas amedrontadas, por outro lado, tendem ao fechamento do próprio mundo, a fim de se defenderem. Evitam, cada vez mais, sair de casa, perdem o contato com os amigos, diminuem os interesses sociais. E, paradoxalmente, o medo cresce assim. Expandir o mundo é o antídoto. Sair de casa, mesmo tremendo e de mãos frias, procurar amigos, abrir a guarda, aumentar os interesses, vão nos mostrar que a maioria dos perigos está na nossa cabeça.

Outro ponto importante na superação do medo é observarmos as pessoas que aumentam ou produzem esse sentimento em nós, através da crítica sistemática, de ameaças, advertências.

Evitar ou confrontar essas pessoas é necessário no caminho do crescimento emocional. Mesmo porque ninguém tem direito de nos colocar medo, pois o medo fecha nosso coração para o amor e a alegria, únicos objetivos realmente importantes para viver.

Taí... Simples assim: Enfrentando o "monstro do pânico", verificaremos o quanto éramos fortes, e nem sequer supúnhamos!...

Meu carinho a todos.