quinta-feira, 31 de janeiro de 2008


Os Estatutos do Homem
(Ato Institucional Permanente)
A Carlos Heitor Cony
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.Agora vale a vida e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra;e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.
Artigo IV
Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem.Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.Parágrafo único:O homem confiará no homem como um menino confia em outro menino.
Artigo V
Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira.Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras.O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.
Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor.Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.
Artigo XI
Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.Parágrafo único:Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras.Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.
Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas.A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.
Thiago de MelloSantiago do Chile, abril de 1964Os estatutos do homem. Lisboa: Ed. Itaú, 1973.Os Estatutos do Homem, divulgação do Correio da Unesco, tradução para mais de trinta idiomas, 1982.

MUDANÇA CLIMÁTICA ESCULPIU OS ALPES, DIZ PESQUISA
Os Alpes, uma cadeia de montanhas que cobre partes de sete países europeus, atingiram sua altitude máxima milhões de anos atrás, dizem alguns cientistas, e agora não passam de uma sombra do passado glorioso. Uma nova pesquisa explica o motivo. Equipe liderada pelo geólogo Sean Willett, da Universidade de Washington, sugere que o culpado pelo rebaixamento dos Alpes foi a erosão, desencadeada por uma queda súbita no nível do Mediterrâneo, há 6 milhões de anos, prolongada por um clima mais quente e úmido.Tipicamente, cordilheiras atingem um certo equilíbrio, com a erosão acompanhando o ritmo das pressões tectônicas que tendem a aumentar as montanhas. Mas um evento chamado crise de salinidade messiniana, precipitada por um bloqueio do que hoje é o Estreito de Gibraltar, separou o Mediterrâneo do restante dos oceanos do mundo. A evaporação reduziu drasticamente o nível da água, pondo-a até cinco quilômetros abaixo do nível dos demais mares.O leito dos rios que fluem pelos Alpes aprofundou-se com a queda do nível do mar, e a força das águas arrancou grandes blocos de sedimento. Essa força escavou muitos dos vales profundos que hoje marcam os Alpes. "As taxas de erosão foram 10 vezes a normal durante a crise de salinidade, e isso correlaciona com a queda no nível de base dos rios", disse Willett. "Acreditamos que isso foi o tiro de partida da erosão, mas não explica por que ela se manteve elevada por 3 milhões de anos. O Mediterrâneo só ficou rebaixado por 20.000 a 80.000 anos antes de voltar a encher".O Mediterrâneo foi reabastecido com água das chuvas, provavelmente de chuvas pesadas, indicando uma forte mudança climática. O resultado foi uma mistura salgada, que continuou a evaporar em grande quantidade, segundo o geólogo. Mas 200.000 anos depois, o Atlântico finalmente quebrou a barreira de Gibraltar. "Provavelmente, a maior parte da erosão se deu no período de chuvas fortes e com o Mediterrâneo rebaixado", disse ele. O período coincidiria com a época de mudança no clima. O trabalho da equipe de Willett está na edição de agosto do periódico Geology.Após 3 milhões de anos de tempo quente e úmido, o clima voltou a esfriar e geleiras se formaram nos Alpes. Mas isso está mudando de novo, por conta do aquecimento global. Fonte: Estadão OnlineFoto: ilustrativa

NOVA TECNOLOGIA AUXILIA DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PELE
O Programa de Recursos Humanos para Atividades Estratégicas em Apoio à Inovação Tecnológica (RHAE-Inovação), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), já beneficiou mais de 500 projetos, estimulando a formação de equipes de pesquisa nas empresas. Um dos projetos selecionados no ano de 2005 foi o Termodermatoscopia no Auxílio ao Diagnóstico e Prevenção do Câncer de Pele, desenvolvido pela empresa Techbay Information Technologies.Com o incentivo do Programa RHAE Inovação, pesquisadores estão desenvolvendo a termodermatoscopia, uma tecnologia que associa a termografia com a imagem dermatoscópica, para auxiliar o diagnóstico precoce e a prevenção do câncer de pele.Coordenado por José Henrique Hoeschl Mendonça, da empresa Techbay IT, a equipe conta com a participação de engenheiros, analistas, administradores e médicos, além de bolsistas financiados pelo Programa RHAE-Inovação/CNPq. O projeto é desenvolvido em parceria com o laboratório LISHA da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), junto com os serviços de Anatomia Patológica, da Dermatologia do Hospital Universitário (UFSC) e o apoio de outras empresas, como a americana FLIR Systems, especializada em tecnologia de infravermelho.O Programa RHAE-Inovação, anteriormente denominado Programa Recursos Humanos para Áreas Estratégicas, existe desde 1988. Hoje, financia bolsas destinadas a empresas que desenvolvem projetos tecnológicos e de inovação. Com as bolsas, as empresas podem agregar profissionais, com capacitação específica, às suas equipes de pesquisa.Prevenção do CâncerA incidência do Melanoma Cutâneo, o câncer de pele com maior índice de mortalidade, vem aumentando consideravelmente, chegando à taxa de 5% de novos casos, por ano. Diagnosticado precocemente, a taxa de sobrevida em cinco anos é de 95% a 100%.No Brasil, apesar da implantação de programas de prevenção, como o Dia do Câncer de Pele, quando os dermatologistas fazem mutirões gratuitos de atendimento à população na tentativa de estabelecer o diagnóstico precoce, a maioria dos melanomas ainda é identificada em estágios mais avançados, o que diminui a taxa de sobrevida em cinco anos para 30% a 50% . Os critérios clínicos para o diagnóstico são resumidos na chamada regra do ABCD: a análise da assimetria das manchas, bordas, cor e diâmetro.A termodermatoscopia é a associação da dermatoscopia convencional, método de visualização detalhada de lesões e estruturas da pele que utiliza uma lente ultra-sensível para captar imagens das lesões, com a termografia, imagens baseadas nas emissões infravermelhas que permitem a visualização das variações das temperaturas. Essa nova tecnologia irá captar imagens, mostrando a modificação de temperatura das lesões.Banco de dadosAlém da captura das imagens e armazenamento em um banco de dados multimídia, o projeto irá desenvolver um software que auxilie a análise térmica das lesões com a utilização de algoritmos específicos. Também irá disponibilizar as imagens na internet, de tal forma que incentive discussões das análises entre os profissionais da dermatologia.A conclusão do projeto está prevista para o ano de 2007. Durante sua realização, os softwares e hardwares desenvolvidos serão testados no Hospital Universitário da UFSC, sob a orientação dos médicos pesquisadores Jorge José de Souza Filho, Juliana K. Ikino e Gabriella Digiunta, contando também com a colaboração do médico José Bastos, do Instituto de Desenvolvimento da Administração Pública (IDAP). Ainda na condução dos trabalhos pela UFSC, estão os Professores Aldo Von Wangenheim e Eros Comunello.Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq

Carta Escrita no Ano 2070...
Ano 2070.
Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo quando tinha 5 anos...Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques; as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro aproximadamente uma hora. Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele.Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, raspamos a cabeça para mantê-la limpa sem água. Antes, meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que utilizávamos à água dessa forma.Recordo que havia muitos anúncios que diziam para CUIDAR DA ÁGUA, só que ninguém lhes dava atenção; pensávamos que a água jamais poderia terminar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes, a quantidade de água indicada como ideal para se beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgotos não se usam mais por falta de água.A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não têm a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrintestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte. A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são as principais fontes de emprego e pagam os empregados com água potável em vez de salário.Os assaltos por um balde de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores, o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos Indivíduos. Como conseqüência, há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações. O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137 m3 por dia por habitante adulto. Quem não pode pagar é retirado das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. Não são de boa qualidade, mas se pode respirar. A idade média é de 35 anos.Em alguns países ficam manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército. A água tornou-se um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há árvores porque quase nunca chove; e quando chega a se registrar uma precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano têm sido severamente transformadas pelas provas atômicas e da indústria contaminante do século XX.Advertia-se que havia de cuidar do meio ambiente, mas ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo o quão bonito eram os bosques; falo-lhe da chuva e das flores; do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens; beber toda a água que quisesse; o quanto nós éramos saudáveis!Ela pergunta-me:- Papai! Por que a água acabou?Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de me sentir culpado porque pertenço à geração que terminou destruindo o meio ambiente ou simplesmente não prestou atenção a tantos avisos.Agora, nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente, creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer algo para salvar ao nosso planeta Terra!


Fonte: Revista Biográfica "Crônicas de Los Tiempos"Abril 2002
posted by Sil @
09:12

sábado, 12 de janeiro de 2008





PROJETO BANZAY



- AUXÍLIO E APOIO ÀS PESSOAS DE BAIXA RENDA



É difícil falar aqui de um projeto sem antes falar do idealizador de tal feito, tenho tido em minha vida o prazer de conhecer pessoas extraordinárias voltadas pro lado social e humanitário e essa pessoa é uma delas, graças dou a Deus pela oportunidade de te-lo conhecido. Essa pessoa chama-se ALEXANDRE GONÇALVES (Alexandre Banzay) proprietário da Academia Projeto Banzay que fica localizada em Paulista – Pernambuco foi criada a cinco anos onde ministra aulas e auxilia a jovens de baixa renda em tal intento dando-lhes oportunidade de praticar atividades físicas tais como: musculação, ginástica localizada, reflexologia podal e Karatê Tradicional.


Agora vamos nos ater ao projeto. Esse projeto trata principalmente de trazer o jovem pro convívio com o esporte, mas tem, além disso, o cunho fraternal e humanitário desse professor que além de tudo se preocupa principalmente em auxiliar seu próximo.


Como é feito isso? Os alunos da academia colaboram com um quilo de alimento não perecível por mês e esses alimentos são doados através de um sorteio entre os mesmos alunos e no mês seguinte é doado a uma família carente do bairro, deve-se ficar esclarecido que tal projeto não visa lucros, sendo de inteira responsabilidade de seu idealizador não tendo ajuda governamental ou qualquer outra.


Essa idéia partiu da dificuldade que Alexandre tinha como criança em ter acesso a esse tipo de esporte por não ter condições financeiras, esperando que tal atitude venha a refletir em seus alunos e a idéia seja passada à diante esperando que seus alunos venham a ter noções reais de solidariedade.



Fica aqui registrado o exemplo de solidariedade e humanitário, parabéns Alexandre Gonçalves (Alexandre Banzay) por tal feito, quisera que todas as instituições fizessem um pouco, muitos jovens teriam saído das ruas e hoje estariam em Olimpíadas lutando por suas medalhas ao invés de lutando pela vida ou até mesmo envolvido com o crime, correndo de polícia.




Por Rosane Silveira


p.s. Informo aqui que todos os dados inerentes à esse artigo foi me passado pelo próprio Sr. Alexandre Gonçalves